segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Porque hão-de as crianças e jovens fazer filosofia? ii


Numa sala de aula convertida numa “comunidade de investigação”, (ou num ambiente não formal) as crianças e jovens, que convivem com os personagens que habitam a história filosófica destinada à sua faixa etária, desenvolvem todo um conjunto de competências de pensamento (raciocínio, investigação, relacionação, etc.) e de atitudes que, naturalmente, vão transferir para as outras disciplinas e se revelam vantajosas na sua vida quotidiana. Por exemplo:
· Aprender a ouvir
· Fazer perguntas cada vez mais pertinentes;
· Verbalizar melhor;
· Descobrir o valor das ideias, suas e dos outros;
· Ganhar consciência do seu próprio pensamento, estruturando-o;
· Tomar em conta várias perspectivas;
· Ganhar autonomia do pensar e desenvolver uma consciência ética;
· Saber ajuizar: autocorrigir-se, usar critérios apropriados e ser sensível ao contexto;
· Expressar-se criativamente: transcender-se, ter em conta os critérios e o contexto;
· Descobrir os vários tipos de relação entre pensar, falar e agir;
· Desenvolver a capacidade de cooperação, estimular o respeito mútuo, melhorar a auto-estima;
· Explorar e construir conceitos;
· Estimular a apetência pela leitura, aprender a ler em profundidade, expandir o vocabulário;
· Desenvolver a capacidade de escrita, o raciocínio e o debate.
· Enriquecer-se com a diferença – com modos de ser, pensar, agir que não são os seus e aumentar o horizonte cultural das crianças, trazendo informações que geralmente não são tratadas na escola;
. Integrar o trabalho cultural com o aspecto ético, despertando valores universais, como fraternidade, justiça, solidariedade, não-violência, etc;
. Incentivar a participação activa de todos os alunos, estimulando um ambiente democrático na escola.
. Etc.

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