segunda-feira, 13 de abril de 2009

O que são o bem e o mal - Seremos verdadeiramente livres?


A história de Heitor
Na Ilíada, Homero conta a história de Heitor, o melhor guerreiro de Tróia, que espera a pé firme fora das muralhas da sua cidade Aquiles, o enfurecido campeão dos Aqueus, embora sabendo que Aquiles é mais forte do que ele e que vai provavelmente matá-lo. Fá-lo para cumprir o seu dever, que consiste em defender a família e os concidadãos do terrível assaltante. Ninguém duvida: Heitor é um herói, um homem valente como deve ser. Mas será Heitor heróico e valente da mesma maneira que as térmitas-soldado, cuja gesta milhões de vezes repetida nenhum Homero se deu ao trabalho de contar? Não faz Heitor, afinal de contas, a mesma coisa que qualquer uma das térmitas anónimas? Por que nos parece o seu valor mais autêntico e mais difícil do que o dos insectos? Qual a diferença entre um e outro caso? Muito simplesmente, a diferença assenta no facto de as térmitas-soldado lutarem e morrerem porque têm de o fazer, sem que possam evitá-lo (como a aranha come a mosca). Heitor, pelo seu lado, sai para enfrentar Aquiles porque quer. As térmitas-soldado não podem desertar, nem revoltar-se, nem fazer cera para que outras vão em seu lugar: estão programadas necessariamente pela natureza para cumprir a sua heróica missão. O caso de Heitor é distinto. Poderia dizer que está doente ou que não tem vontade de se bater com alguém mais forte do que ele. Talvez os seus concidadãos lhe chamassem cobarde e o considerassem insensível ou talvez lhe perguntassem que outro plano via ele para deter Aquiles, mas é indubitável que Heitor tem a possibilidade de se recusar a ser herói. Por muita pressão que os restantes exercessem sobre ele, ele teria sempre maneira de escapar daquilo que se supõe que deve fazer: não está programado para ser herói, nem o está seja que homem for. Daí que o seu gesto tenha mérito e que Homero nos conte a sua história com uma emoção épica. Ao contrário das térmitas, dizemos que Heitor é livre, e por isso admiramos a sua coragem.

Fernando Savater, Ética para um Jovem (Lisboa: Dom Quixote, 2005)

quinta-feira, 12 de março de 2009

UMA FAMÍLIA PODE FUNCIONAR SEM OBEDIÊNCIA?


Uma família só pode funcionar com respeito, carinho e solidariedade. Os filhos devem mostrar respeito, obediência e carinho para os pais e os pais o mesmo em relação aos filhos.
Uma família sem obediência acaba gerando muitos conflitos: os pais a maltratarem os filhos, os filhos a fugirem de casa e às vezes acabando por se tornarem dependentes de drogas para chamar a atenção dos pais ou mesmo pela solidão e desespero. Mas aqueles que mais saem prejudicados são eles próprios, por isso a obediência e o respeito são muito importantes numa família.
Temos de parar para pensar que se morrêssemos amanhã, a empresa onde trabalhamos poderá facilmente substituir-nos, já a nossa família nunca nos substituirá, pois por muito tempo que passe, eles nunca se esquecem de nós. Perdemos o nosso tempo sendo rudes e ferindo aqueles que nos amam porque perdemos o tempo de sermos carinhosos, de dizermos o quanto aquela pessoa é especial, do quanto ela é importante para nós.
A família é o nosso maior bem.
Gabrielle 7º A

terça-feira, 10 de março de 2009

Podemos viver juntos se cada um fizer o que quiser?


Acho que não podemos viver juntos se cada um fizer o que quiser, porque seria uma enorme confusão e causaria muitos conflitos.
Uns chegavam a casa às horas que lhes apetecesse outros não iam para as aulas, outros ainda iam para os bares, para os cafés e para as festas e bebiam o que queriam e se calhar até começavam a fumar, depois dormiam em casa dos amigos e não avisavam. Uns estudavam para tirar boas notas e os outros só iam à escola para “passear” os livros; outros trabalhavam e tinham de ganhar dinheiro para todos os outros se alimentarem, e desse modo nunca ninguém se iria entender no meio de tanta confusão.
As pessoas podem viver com muitas outras, mas convém terem regras e juízo naquilo que fazem e naquilo que bebem. É muito bom uma família ter regras para se entenderem e não andarem em permanente conflito.
Sara Fernandes 7º A

domingo, 8 de março de 2009

O que são o bem e o mal? - Deve-se dizer sempre a verdade?


EXERCÍCIOS
A palavra é uma forma de te afirmares em relação aos outros e de defenderes as tuas ideias. Ela pode aliviar e ajudar a resolver problemas, mas também os cria. A palavra expõe-te ainda mais aos olhos dos outros e a verdade nem sempre é agradável de ouvir. Para evitar discussões, preferes então calar-te. Será que tens o direito de magoar os outros com as tuas palavras ou de revelar os seus segredos? Para além do mais, uma vez pronunciadas, as palavras já não têm retorno. Elas possuem um peso e um valor: dizer tudo não significa, no entanto, dizer o que quer que seja.

1- Se mentir me beneficia, então posso mentir. Concordas? Porquê?

Por vezes quando falamos pronunciamos frases que exprimem mais do que uma ideia. A esse tipo de frases designamo-lo de frase ambígua.
Por exemplo a frase “A Joana viu o Miguel com os binóculos” é ambígua. Tanto pode querer dizer que a Joana viu o Miguel ao longe, através de uns binóculos, como pode querer dizer que quando a Joana viu o Miguel este estava com uns binóculos.
Além disso há um tipo de palavras, chamadas “indexicais”, que pode dar origem a ambiguidades se não tivermos cuidado. Os indexicais são palavras como “aqui”, “ali”, “hoje”, ontem, “eu”, “tu”, etc.
Com este tipo de palavras fazemos frases como “Eu gosto de brócolos”. Como é óbvio, esta frase exprime diferentes ideias em função de quem a profere. Tanto pode querer dizer que o João gosta de brócolos, como pode querer dizer que a Clara gosta de brócolos. Consoante a pessoa que está a falar, a mesma frase pode ser verdadeira ou falsa.

2- Dá três exemplos de frases ambíguas.

Além de frases ambíguas, por vezes emitimos frases vagas. Uma frase vaga é uma frase que dá origem a casos fronteira indecidíveis. O que isso quer dizer. Vejamos um exemplo: “Muitas pessoas em Portugal não sabem ler”. É uma frase vaga. Muitas. Quantas? Dez mil? Dois milhões? É claro que no dia-a-dia as frases vagas são perfeitamente aceitáveis. Mas em filosofia é muito importante procurar ser o mais preciso possível. Se não soubermos com exactidão o que os filósofos querem dizer, não compreenderemos realmente as suas ideias. E se não compreendemos realmente as suas ideias, não as poderemos discutir.

3- Dá dois exemplos de frases vagas.

Às vezes quando falamos ou escrevemos utilizamos metáforas. O que é uma metáfora? Numa metáfora a ideia que queremos exprimir não é a ideia que estamos literalmente (realmente) a exprimir. E por isso não compreendemos o sentido de uma metáfora se não compreendemos o que se quer dizer.
Por exemplo, eu posso dizer o seguinte: “As ideias filosóficas estiveram adormecidas durante duzentos anos na Roma Antiga.” Literalmente, a minha frase não tem valor de verdade, pois as ideias não são animais que possam dormir.
Mas é claro que o que eu quero dizer é qualquer coisa como “As ideias filosóficas não foram estudadas durante duzentos anos na Roma Antiga”. Esta frase já tem valor de verdade e portanto já pode ser discutida.
Quando deparamos com uma metáfora temos de procurar saber o que o autor quer realmente dizer, pois só se soubermos isso poderemos compreender e discutir a sua ideia.
4- Dá um exemplo de uma metáfora e indica qual a ideia que queres exprimir.

domingo, 1 de março de 2009

O que são o bem e o mal? - Deve-se dizer sempre a verdade?


O Pedro e o lobo
Era uma vez um menino muito traquina. O seu nome era Pedro.
Pedro vivia numa daquelas aldeias perdidas no meio das serras, longe de tudo.
Quando não estava na escola Pedro ajudava as pessoas da aldeia, levando os seus rebanhos de cabras e ovelhas para apascentar no alto da serra, onde crescem ervas verdinhas.
Sempre que saía de manhã as pessoas alertavam o Pedro para o perigo dos lobos que existiam na serra.
- Tem cuidado com os lobos, Pedro. São temíveis; são capazes de matar uma ovelha só com uma dentada – avisavam os vizinhos.
- Eu não tenho qualquer medo dos lobos – respondia fanfarrão o Pedro. Tenho o Piloto para me ajudar.
O Piloto era um velho cão pastor que ajudava o Pedro a guardar os animais.
E todos os dias das férias e dos fins-de-semana, Pedro subia serra acima com um enorme rebanho de ovelhas e cabras.
Como era muito traquina e não tinha mais nada que fazer, se não tocar na velha flauta de cana enquanto guardava os animais ou atirar um pau para o Piloto ir buscar, lembrou-se de pregar uma partida aos vizinhos.
Desatou a correr serra abaixo a gritar:
- Acudam que os lobos atacaram o rebanho. Já mataram umas poucas ovelhas e cabras.
- As pessoas ao ouvirem os gritos do Pedro, acorreram para ajudar. Uns armados com enxadas, outros com forquilhas, outros com machados, corriam serra acima para ajudarem os pobres animais de morreram aos dentes do lobo.
Mas quando chegaram lá cima, viram apenas o rebanho a pastar tranquilamente e o Pedro a rir desbragadamente.
No dia seguinte e no outro, e no outro depois deste último outro, Pedro voltou a repetir a brincadeira. E de todas as vezes as pessoas da aldeia, desataram a correr serra acima, armados, para matar os lobos e ajudar o rebanho.
Até que um dia os lobos, verdadeiros lobos, atacaram mesmo o rebanho.
Pedro muito assustado desata a correr serra abaixo e a gritar em plenos pulmões por ajuda.
Só que desta vez, fartos das brincadeiras do Pedro, as pessoas não ligaram importância, pensando que se tratava mais de uma das usuais mentiras. E desta vez uma grande parte do rebanho não escapou à fúria dos lobos, nem mesmo o velho Piloto que tentou defendê-lo até à morte.

Adaptado da História tradicional “O Pedro e o lobo”.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O que são o bem e o mal? - Deves obedecer sempre aos teus pais?



EXERCÍCIOS
É um princípio estabelecido: deves obedecer aos teus pais, porque são adultos e responsáveis por ti perante a lei. Porque confias neles. Porque os amas e respeitas também.
Mas significa isso que deves ser passivo, sentires-te intimidado e não procurar compreender o que te pedem os teus pais e porque motivo o fazem?
O papel dos teus pais não é também o de te explicar as tuas obrigações e proibições?
A sua autoridade não deve ser abusiva, mas para fazer sentido a tua obediência não pode ser cega…
Não deves recear os adultos e deves aprender a falar com eles.
Quando os teus pais se zangam contigo, deves perguntar a ti próprio o que farias se estivesses no lugar dos teus pais.
Deves admitir que qualquer criança precisa dos pais para lhe indicar o caminho.
Deves ter consciência de que nunca se é demasiado pequeno para procurar compreender e ter ideias.

1- Um dia, quando tu próprio tiveres filhos, como te vais relacionar com ele(s)?

Tal como as ciências, as artes e as religiões, a filosofia é uma manifestação natural da nossa inteligência. Não é algo que surge apenas quando vamos à escola ou quando lemos um livro de filosofia. Os problemas a que a filosofia dá resposta são problemas reais que nos intrigam e fascinam. Muitas pessoas começam a fazer perguntas de carácter filosófico com 13 ou 14 anos, ou mesmo na infância.
Mas nem todos os problemas são filosóficos; também há problemas científicos, literários, quotidianos, religiosos, entre outros.
Como podemos então distinguir os problemas que são filosóficos dos que não são filosóficos?
Vejamos alguns exemplos:

Será que a vida tem sentido?
Os animais têm direitos?
O que é o conhecimento?
São exemplo de problemas filosóficos.

Será que os crentes são mais felizes que os ateus?
Será um pecado tomar a pílula?
Será o Teorema de Pitágoras verdadeiro?
Não são problemas filosóficos. O primeiro é tratado pela Sociologia, o segundo pela Religião e o terceiro pela Matemática.

Os problemas filosóficos não podem ser resolvidos recorrendo à experiência científica; à observação; à autoridade ou ao cálculo matemático. Para tentar resolver os problemas filosóficos, recorremos exclusivamente ao pensamento, ainda que se possa usar informação recolhida de outras ciências

2- Dos seguintes problemas indica os que são filosóficos e aqueles que o não são.
a) Devemos sempre obedecer à lei? ____________________________
b) Em que países existe a pena de morte? _______________________
c) A pena de morte será justificável? ___________________________
d) 1 é um número primo? ____________________________________
e) Será a felicidade alcançável? _______________________________
f) Qual a composição da atmosfera de Júpiter? ___________________

sábado, 24 de janeiro de 2009

GOSTARIA DE VIVER NUM MUNDO EM QUE…


Gostaria de viver num mundo em que não existisse a palavra “NÃO”.
Sempre que fosse necessário dialogar sobre um determinado assunto, deveríamos chegar a uma conclusão. A inexistência da palavra “não” tornaria possível o entendimento e todas as pessoas eram obrigadas a fazer o que lhes mandavam.
Nem sempre conhecemos o significado do não. Mas chegou um dia em que essas pessoas se revoltaram e protestaram até caírem de lado.
Passado algum tempo chegou aos ouvidos das pessoas uma palavra nova. Essa palavra chamava-se “não”.
Como ninguém sabia o seu significado nem sequer pronunciá-la, tiveram de ir para a escola.
Passado um mês as pessoas sabiam utilizar o “não” e desde aí passou a ser utilizado no seu vocabulário diário.
Desde a introdução da palavra “não” no vocabulário das pessoas, elas nunca mais foram felizes.

Pedro Bastos 7º A

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

APETECIA-ME VIVER NUM MUNDO EM QUE…


Apetecia-me viver num mundo em que houvesse paz, num mundo em que quando as pessoas saíssem à rua não fosse necessário um polícia para as proteger, não fosse preciso sair com medo, nem armado, como muitas vezes acontece. Gostaria também que não houvesse tantas guerras.
Apetecia-me viver num mundo sem pessoas dependentes da droga. Num mundo sem pessoas a passar fome, sem tecto nem agasalho para os dias de frio, sem condições de segurança, sem condições de vida. Num mundo em que os animais fossem tratados como verdadeiros tesouros da natureza. Num mundo em que houvesse mais pessoas preocupadas umas com as outras, sendo solidárias, generosas, fiéis, alegres. Num mundo em que não houvesse pessoas que destroem cada vez mais a natureza, poluindo e desmatando as florestas. Num mundo em que o dinheiro não fosse motivo de morte, de guerra, que não houvesse pessoas que cada dia ficam mais ricas enquanto outras cada dia ficam mais pobres. Num mundo em que cada família fosse unida e feliz.
Vemos que tudo isto é apenas consequência dos nossos actos e que se todas as pessoas quisessem o mesmo, não estaríamos num mundo como aquele que temos hoje.

Gabrielle 7º A

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O que são o bem e o mal? - Deves obedecer sempre aos teus pais?


O menino Filipe
O Filipe é um rapazinho muito vivaço
Adora fazer asneiras e pregar partidas. Esconde a chupeta do primo de 6 meses para este desatar a chorar e não dormir a sesta. De vez em quando mete pastilha elástica nos sapatos do avô. Gosta de puxar o rabo ao gato, de ficar a ver filmes na televisão até tarde sem os pais saberem. E gosta muito pouco de estudar.
Prefere jogar à bola, ou jogar com a consola, ou estar no Messenger a falar com os amigos e por isso de vez em quando lá aparece um teste com negativa.
Quando faz alguma asneira e os pais descobrem castigam o Filipe.
Fica uma semana sem consola, quinze dias sem o computador ou três semanas sem jogar bola. E às vezes não lhe dão a mesada, quando a asneira é maior.
Por isso quando os pais lhe ralham ou ameaçam com o castigo o Filipe obedece. É que ele não gosta nada, mesmo nada de ser castigado.Gosta muito de pregar partidas e de brincar em vez de estudar e ajudar os pais, mas ainda gosta menos de ser castigado.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

TENS O DIREITO DE ROUBAR PARA COMER?


EXERCÍCIOS
Diz-se que não é bom roubar aquilo que não nos pertence. Tal como a moral, também a lei o proíbe
Contudo, por vezes a vontade é grande, mas só o medo da punição impede o roubo. Muita gente porém, também defende que cada ser humano tem o direito de matar a fome. Uma mãe que não consegue alimentar os seus filhos ou um povo faminto podem, à partida, desrespeitar a lei? Esta disparidade demonstra que a lei tem, por vezes, dificuldades em proteger a sociedade no seu todo e cada um em particular.
Isto leva-nos a questionarmo-nos acerca da utilidade das leis na sociedade.
A apercebermo-nos de que aquilo que é justo, aquilo que é correcto e aquilo que é autorizado por vezes não combina.
A reconhecermos as injustiças no mundo
A compreendermos que a lei nem sempre é perfeita, mas que também ela pode mudar.
Anteriormente já falámos em argumentos.
Para discutir ideias e principalmente em filosofia temos de concentrar a nossa atenção nos aspectos argumentativos dos textos e discursos. Para clarificar e facilitar a discussão de argumentos, é costume escrevê-los do seguinte modo:
Se quisermos viver bem, temos de obedecer às leis.
Queremos viver bem.
Logo, temos de obedecer às leis.
Ou a lei é justa ou injusta.
Se a lei for justa, temos de obedecer à lei.
Se a lei for injusta, temos de obedecer à lei.
Logo, em qualquer circunstância, temos de obedecer à lei.
Ou seja, começamos com uma premissa em cada parágrafo e depois a conclusão noutro parágrafo, antecedida pela palavra “logo”. A esta forma de apresentar os argumentos chama-se forma canónica.
1- Constrói um argumento obedecendo às normas anteriormente apresentadas.
Mas é claro que normalmente as pessoas não apresentam os argumentos desta maneira. Considere-se o seguinte exemplo:
Como pode alguém imaginar que há responsabilidade. A responsabilidade não passa de uma ficção de filósofos e juízes. Na verdade, nós limitamo-nos a obedecer. Se nos limitamos a obedecer: à lei, aos pais, à sociedade, à escola, não podemos ser responsabilizados. Por isso é inconcebível pensarmos que existe a responsabilidade.
Esta é uma maneira mais natural de apresentar os argumentos. E é desta forma que os encontramos nos textos ou na linguagem do dia-a-dia.
2- Apresente o argumento anterior na sua forma canónica.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O que são o bem e o mal? - Tens o direito de roubar para comer?


O desespero do Joaquim
O Joaquim era casado e tinha dois filhos, o Manuel de 3 anos e a Rita de 8 meses.
O Joaquim sofreu há dois anos um acidente de trabalho e desde aí não mais arranjou emprego. A empresa onde o Joaquim trabalhava estava ilegal e nem seguro tinha por isso o Joaquim não teve direito ao subsídio de desemprego.
A Carlota, a sua mulher ganha algum dinheiro, muito pouco, fazendo umas limpezas.
Mas o dinheiro não chega sequer para comprar os medicamentos que o Joaquim precisa por causa da sua doença, quanto mais para dar de comer aos seus dois filhos pequenos, principalmente a Rita, que ainda é muito pequenina e tem de beber leite próprio para bebés, que é muito caro. Desesperado o Joaquim foi ao supermercado mais próximo e rouba duas latas de leite para dar de comer à sua Ritinha que chorava de fome.