segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

TENS O DIREITO DE ROUBAR PARA COMER?


EXERCÍCIOS
Diz-se que não é bom roubar aquilo que não nos pertence. Tal como a moral, também a lei o proíbe
Contudo, por vezes a vontade é grande, mas só o medo da punição impede o roubo. Muita gente porém, também defende que cada ser humano tem o direito de matar a fome. Uma mãe que não consegue alimentar os seus filhos ou um povo faminto podem, à partida, desrespeitar a lei? Esta disparidade demonstra que a lei tem, por vezes, dificuldades em proteger a sociedade no seu todo e cada um em particular.
Isto leva-nos a questionarmo-nos acerca da utilidade das leis na sociedade.
A apercebermo-nos de que aquilo que é justo, aquilo que é correcto e aquilo que é autorizado por vezes não combina.
A reconhecermos as injustiças no mundo
A compreendermos que a lei nem sempre é perfeita, mas que também ela pode mudar.
Anteriormente já falámos em argumentos.
Para discutir ideias e principalmente em filosofia temos de concentrar a nossa atenção nos aspectos argumentativos dos textos e discursos. Para clarificar e facilitar a discussão de argumentos, é costume escrevê-los do seguinte modo:
Se quisermos viver bem, temos de obedecer às leis.
Queremos viver bem.
Logo, temos de obedecer às leis.
Ou a lei é justa ou injusta.
Se a lei for justa, temos de obedecer à lei.
Se a lei for injusta, temos de obedecer à lei.
Logo, em qualquer circunstância, temos de obedecer à lei.
Ou seja, começamos com uma premissa em cada parágrafo e depois a conclusão noutro parágrafo, antecedida pela palavra “logo”. A esta forma de apresentar os argumentos chama-se forma canónica.
1- Constrói um argumento obedecendo às normas anteriormente apresentadas.
Mas é claro que normalmente as pessoas não apresentam os argumentos desta maneira. Considere-se o seguinte exemplo:
Como pode alguém imaginar que há responsabilidade. A responsabilidade não passa de uma ficção de filósofos e juízes. Na verdade, nós limitamo-nos a obedecer. Se nos limitamos a obedecer: à lei, aos pais, à sociedade, à escola, não podemos ser responsabilizados. Por isso é inconcebível pensarmos que existe a responsabilidade.
Esta é uma maneira mais natural de apresentar os argumentos. E é desta forma que os encontramos nos textos ou na linguagem do dia-a-dia.
2- Apresente o argumento anterior na sua forma canónica.

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