segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O que são o bem e o mal? - Deves obedecer sempre aos teus pais?



EXERCÍCIOS
É um princípio estabelecido: deves obedecer aos teus pais, porque são adultos e responsáveis por ti perante a lei. Porque confias neles. Porque os amas e respeitas também.
Mas significa isso que deves ser passivo, sentires-te intimidado e não procurar compreender o que te pedem os teus pais e porque motivo o fazem?
O papel dos teus pais não é também o de te explicar as tuas obrigações e proibições?
A sua autoridade não deve ser abusiva, mas para fazer sentido a tua obediência não pode ser cega…
Não deves recear os adultos e deves aprender a falar com eles.
Quando os teus pais se zangam contigo, deves perguntar a ti próprio o que farias se estivesses no lugar dos teus pais.
Deves admitir que qualquer criança precisa dos pais para lhe indicar o caminho.
Deves ter consciência de que nunca se é demasiado pequeno para procurar compreender e ter ideias.

1- Um dia, quando tu próprio tiveres filhos, como te vais relacionar com ele(s)?

Tal como as ciências, as artes e as religiões, a filosofia é uma manifestação natural da nossa inteligência. Não é algo que surge apenas quando vamos à escola ou quando lemos um livro de filosofia. Os problemas a que a filosofia dá resposta são problemas reais que nos intrigam e fascinam. Muitas pessoas começam a fazer perguntas de carácter filosófico com 13 ou 14 anos, ou mesmo na infância.
Mas nem todos os problemas são filosóficos; também há problemas científicos, literários, quotidianos, religiosos, entre outros.
Como podemos então distinguir os problemas que são filosóficos dos que não são filosóficos?
Vejamos alguns exemplos:

Será que a vida tem sentido?
Os animais têm direitos?
O que é o conhecimento?
São exemplo de problemas filosóficos.

Será que os crentes são mais felizes que os ateus?
Será um pecado tomar a pílula?
Será o Teorema de Pitágoras verdadeiro?
Não são problemas filosóficos. O primeiro é tratado pela Sociologia, o segundo pela Religião e o terceiro pela Matemática.

Os problemas filosóficos não podem ser resolvidos recorrendo à experiência científica; à observação; à autoridade ou ao cálculo matemático. Para tentar resolver os problemas filosóficos, recorremos exclusivamente ao pensamento, ainda que se possa usar informação recolhida de outras ciências

2- Dos seguintes problemas indica os que são filosóficos e aqueles que o não são.
a) Devemos sempre obedecer à lei? ____________________________
b) Em que países existe a pena de morte? _______________________
c) A pena de morte será justificável? ___________________________
d) 1 é um número primo? ____________________________________
e) Será a felicidade alcançável? _______________________________
f) Qual a composição da atmosfera de Júpiter? ___________________

sábado, 24 de janeiro de 2009

GOSTARIA DE VIVER NUM MUNDO EM QUE…


Gostaria de viver num mundo em que não existisse a palavra “NÃO”.
Sempre que fosse necessário dialogar sobre um determinado assunto, deveríamos chegar a uma conclusão. A inexistência da palavra “não” tornaria possível o entendimento e todas as pessoas eram obrigadas a fazer o que lhes mandavam.
Nem sempre conhecemos o significado do não. Mas chegou um dia em que essas pessoas se revoltaram e protestaram até caírem de lado.
Passado algum tempo chegou aos ouvidos das pessoas uma palavra nova. Essa palavra chamava-se “não”.
Como ninguém sabia o seu significado nem sequer pronunciá-la, tiveram de ir para a escola.
Passado um mês as pessoas sabiam utilizar o “não” e desde aí passou a ser utilizado no seu vocabulário diário.
Desde a introdução da palavra “não” no vocabulário das pessoas, elas nunca mais foram felizes.

Pedro Bastos 7º A

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

APETECIA-ME VIVER NUM MUNDO EM QUE…


Apetecia-me viver num mundo em que houvesse paz, num mundo em que quando as pessoas saíssem à rua não fosse necessário um polícia para as proteger, não fosse preciso sair com medo, nem armado, como muitas vezes acontece. Gostaria também que não houvesse tantas guerras.
Apetecia-me viver num mundo sem pessoas dependentes da droga. Num mundo sem pessoas a passar fome, sem tecto nem agasalho para os dias de frio, sem condições de segurança, sem condições de vida. Num mundo em que os animais fossem tratados como verdadeiros tesouros da natureza. Num mundo em que houvesse mais pessoas preocupadas umas com as outras, sendo solidárias, generosas, fiéis, alegres. Num mundo em que não houvesse pessoas que destroem cada vez mais a natureza, poluindo e desmatando as florestas. Num mundo em que o dinheiro não fosse motivo de morte, de guerra, que não houvesse pessoas que cada dia ficam mais ricas enquanto outras cada dia ficam mais pobres. Num mundo em que cada família fosse unida e feliz.
Vemos que tudo isto é apenas consequência dos nossos actos e que se todas as pessoas quisessem o mesmo, não estaríamos num mundo como aquele que temos hoje.

Gabrielle 7º A

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O que são o bem e o mal? - Deves obedecer sempre aos teus pais?


O menino Filipe
O Filipe é um rapazinho muito vivaço
Adora fazer asneiras e pregar partidas. Esconde a chupeta do primo de 6 meses para este desatar a chorar e não dormir a sesta. De vez em quando mete pastilha elástica nos sapatos do avô. Gosta de puxar o rabo ao gato, de ficar a ver filmes na televisão até tarde sem os pais saberem. E gosta muito pouco de estudar.
Prefere jogar à bola, ou jogar com a consola, ou estar no Messenger a falar com os amigos e por isso de vez em quando lá aparece um teste com negativa.
Quando faz alguma asneira e os pais descobrem castigam o Filipe.
Fica uma semana sem consola, quinze dias sem o computador ou três semanas sem jogar bola. E às vezes não lhe dão a mesada, quando a asneira é maior.
Por isso quando os pais lhe ralham ou ameaçam com o castigo o Filipe obedece. É que ele não gosta nada, mesmo nada de ser castigado.Gosta muito de pregar partidas e de brincar em vez de estudar e ajudar os pais, mas ainda gosta menos de ser castigado.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

TENS O DIREITO DE ROUBAR PARA COMER?


EXERCÍCIOS
Diz-se que não é bom roubar aquilo que não nos pertence. Tal como a moral, também a lei o proíbe
Contudo, por vezes a vontade é grande, mas só o medo da punição impede o roubo. Muita gente porém, também defende que cada ser humano tem o direito de matar a fome. Uma mãe que não consegue alimentar os seus filhos ou um povo faminto podem, à partida, desrespeitar a lei? Esta disparidade demonstra que a lei tem, por vezes, dificuldades em proteger a sociedade no seu todo e cada um em particular.
Isto leva-nos a questionarmo-nos acerca da utilidade das leis na sociedade.
A apercebermo-nos de que aquilo que é justo, aquilo que é correcto e aquilo que é autorizado por vezes não combina.
A reconhecermos as injustiças no mundo
A compreendermos que a lei nem sempre é perfeita, mas que também ela pode mudar.
Anteriormente já falámos em argumentos.
Para discutir ideias e principalmente em filosofia temos de concentrar a nossa atenção nos aspectos argumentativos dos textos e discursos. Para clarificar e facilitar a discussão de argumentos, é costume escrevê-los do seguinte modo:
Se quisermos viver bem, temos de obedecer às leis.
Queremos viver bem.
Logo, temos de obedecer às leis.
Ou a lei é justa ou injusta.
Se a lei for justa, temos de obedecer à lei.
Se a lei for injusta, temos de obedecer à lei.
Logo, em qualquer circunstância, temos de obedecer à lei.
Ou seja, começamos com uma premissa em cada parágrafo e depois a conclusão noutro parágrafo, antecedida pela palavra “logo”. A esta forma de apresentar os argumentos chama-se forma canónica.
1- Constrói um argumento obedecendo às normas anteriormente apresentadas.
Mas é claro que normalmente as pessoas não apresentam os argumentos desta maneira. Considere-se o seguinte exemplo:
Como pode alguém imaginar que há responsabilidade. A responsabilidade não passa de uma ficção de filósofos e juízes. Na verdade, nós limitamo-nos a obedecer. Se nos limitamos a obedecer: à lei, aos pais, à sociedade, à escola, não podemos ser responsabilizados. Por isso é inconcebível pensarmos que existe a responsabilidade.
Esta é uma maneira mais natural de apresentar os argumentos. E é desta forma que os encontramos nos textos ou na linguagem do dia-a-dia.
2- Apresente o argumento anterior na sua forma canónica.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O que são o bem e o mal? - Tens o direito de roubar para comer?


O desespero do Joaquim
O Joaquim era casado e tinha dois filhos, o Manuel de 3 anos e a Rita de 8 meses.
O Joaquim sofreu há dois anos um acidente de trabalho e desde aí não mais arranjou emprego. A empresa onde o Joaquim trabalhava estava ilegal e nem seguro tinha por isso o Joaquim não teve direito ao subsídio de desemprego.
A Carlota, a sua mulher ganha algum dinheiro, muito pouco, fazendo umas limpezas.
Mas o dinheiro não chega sequer para comprar os medicamentos que o Joaquim precisa por causa da sua doença, quanto mais para dar de comer aos seus dois filhos pequenos, principalmente a Rita, que ainda é muito pequenina e tem de beber leite próprio para bebés, que é muito caro. Desesperado o Joaquim foi ao supermercado mais próximo e rouba duas latas de leite para dar de comer à sua Ritinha que chorava de fome.